Sinto-me como uma borboleta que, após uma eternidade no interior do casulo pode, finalmente, romper a película que a aprisiona, pois o seu ciclo está concluído. É hora de desfrutar de tudo aquilo que, durante muito tempo, fingi não ver ou apreciar, para que não descarrilasse de um caminho, já há muito traçado. Sou livre agora, posso voar, voar para mais longe e deixar aquele casulo, enleado de conhecimentos e experiências, por um momento. Em breve, tornarei a esse lugar que me fascina e me repugna, mas por ora, e embora, ainda tenha de fazer algumas traquinices, quero desligar-me desse mundinho que me transformou.
O Verão começou. Agora sim, posso saborear tudo aquilo que esta rica estação nos proporciona. O meu estado é de puro êxtase, nunca, mas nunca foi tão compensador abraçar o mundo. Quero correr, partir e só regressar, quando já não conseguir beber das maravilhas que brotam por todos os recantos.
Andreia